sábado, 27 de agosto de 2011

O que o Maçom está fazendo hoje em termos de responsabilidade social?



Deixo a pergunta no ar para que cada Irmão, com base nas suas ações particulares, proceda a necessária resposta. Temos consciência que ser Ético é você ser responsável por você, por seu próximo e por onde você vive.
Nós, Maçons, temos condições de gerar atitudes e condições de responsabilidade social, acrescentando que a nossa ação é reflexo da nossa responsabilidade; a nossa responsabilidade é reflexo da nossa consciência, por isso é que os maçons deve gerar ações que integrem a maior lisura, uma lisura que ninguém mais tem no mesmo nível.
Temos que marcar a diferença e haveremos de tornar todas as pessoas tão conscientes como nós. Temos que ser diferentes, senão seremos apenas profanos aparamentados maconicamente. É de fundamental importância que os Maçons assumam sua condição de Maçons, pois nossa responsabilidade social é baseada na ética e na consciência pessoal.
Construir uma sociedade justa demanda esforço de todos os segmentos, principalmente das instituições que têm papel filantrópico, fraterno e educacional. Então, o ato de preparar adequadamente pessoas que vão atuar como formadoras nas mais diversas áreas do conhecimento assume um papel dos mais relevantes no mundo contemporâneo.
Neste sentido para um maçom bem exercer tal função, exige-se que ele tenha vocação pelo ato de aprender e que seja bem preparado para o seu desempenho maçônico. Portanto, é mister não se perder de vista a necessidade de preparo humanístico aliado ao domínio da técnica, para se formar maçons comprometidos com a sociedade. Somente os Estudos podem oferecer a instrução tão necessária para o progresso dentro e fora da Maçonaria.
É preciso mais do que simplesmente a boa vontade para que se produza um maçom, homem equilibrado, capaz de levar “luz” por onde for, pensando, falando e agindo de acordo com as regras mais aceitáveis, seja na família, seja em qualquer dos outros possíveis grupos sociais nos quais esteja inserido.
Para isto devemos diferenciar práxis de prática. Prática se refere, segundo o dicionário, ao ato ou efeito de praticar; à experiência nascida da repetição dos atos. Necessitamos prática para dirigir automóveis ou para realizar uma cirurgia. Já Práxis é a totalidade nosso agir enquanto seres humanos. Cada ação humana implica aspectos objetivos (como fazer, falar, produzir) e aspectos subjetivos (como valores, ideologias, condicionamentos de toda ordem e as atitudes deles decorrentes). Prática se refere ao que eu sei fazer; práxis se refere ao que eu sou.
As Lojas Maçônicas devem dedicar todo empenho à instrução maçônica e ao aperfeiçoamento moral e intelectual dos seus obreiros sobre história, legislação, símbolos e filosofia da Maçonaria. Essa é a prática maçônica universal. Entretanto o Maçom se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, será, ainda que nunca nada mais sendo do que simples obreiro numa simples Loja, um verdadeiro Grão-Mestre, de si próprio, da sua consciência, de seu percurso iniciático.

É por isso que o maçom, conforme as instruções de Aprendiz, deverá cumprir todos os seus deveres porque tem a Fé, que lhe dá Coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos; o Devotamento, que o leva a fazer o Bem, mesmo com risco de sua vida, sem esperar outra recompensa, que a tranqüilidade de consciência,
Precisamos de Maçons envolvidos entusiasticamente numa ocupação. Essa ocupação pressupõe certo grau de habilidade e a aceitação dos riscos e dificuldades que envolvam os encargos. Só então, surge a transcendência do que chamamos Missão. Por isso, os que possuem esse grau de habilidade são chamados OFICIAIS.
Para que possamos acompanhar o progresso da humanidade, é necessário o aprimoramento, tanto profissional, como social, filosófico e esotérico em todos os campos, evitando ficar para trás, ultrapassado, eis que o progresso é vertiginoso e constante.
Citando o Ir.´. Dangler Travassos Guimarães (Varginha/MG), sobre os Deveres do Maçom, que segundo seu pensamento, são divididos em três segmentos:
1 – Deveres Esotéricos: Respeitar e reverenciar o Criador de Todas as Coisas, acreditando na existência do espírito (alma) após a morte, além de professar uma religião de sua livre escolha;
2 – Deveres Exotéricos: Respeitar o disposto nos Landmarks, Constituição de suas obediências, Decretos, Leis e Resoluções do Grão-mestrado, além dos Estatutos de sua Loja;
3 – Deveres Morais dos Maçons: Assiduidade na freqüência aos trabalhos de sua Loja, cumprindo suas obrigações com a Tesouraria, aceitando com boa vontade as missões e incumbências para os quais for indicado, assumindo cargos e tratando sempre com cortesia os Irmãos da Ordem, além de comparecer a todos os atos festivos de sua Loja, além de outros, os quais deverão cumprir também no mundo profano, quais sejam não furtar, ser sempre solícito, defender os fracos e ajudar os necessitados.
Para finalizar, Dangler menciona a obra de Preuss “Etudes sur la Franc-Maconnarie”, que citando as palavras de Mackey, quanto ao fato do Maçom dedicar-se aos estudos filosóficos e esotéricos dos Símbolos Maçônicos:
“Nenhum Maçom consegue chegar, em nossos dias, a uma situação mais ou menos notável dentro da Fraternidade se não for suficientemente instruído. Se nos seus estudos ficar limitado ao que ensinam as breves instruções da Loja, é-lhe impossível apreciar com exatidão as finalidades e a natureza da Maçonaria, como ciência maçônica. Os músculos, os nervos e os vasos sangüíneos, que devem animar o esqueleto sem vida e dar-lhe beleza, saúde e vigor, são contidos nos comentários destas instruções, que o estudo e as pesquisas dos escritores maçônicos dão ao estudante em Maçonaria”.
Onde haveremos de buscar inspiração e sabedoria para o trabalho maçônico?
Respondemos sempre que num livro inspirado por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Esse livro está depositado e aberto lá no altar: O Livro Sagrado.